Lembram-se quando na escola aparecia de vez em quando um teste surpresa? Se forem como eu então nunca estavam preparados porque estavam à espera de estudar tudo na véspera dos exames. Os professores sabiam disso e acho que faziam de propósito porque não há nada como fazermos surpresas e a outra pessoa estar com uma cara mesmo surpreendida: "Surpresa! O hambúrguer que acabaste de comer está envenenado!", "Não posso! A sério? Epa... é que eu não estava mesmo nada à espera. Envenenado? Caneco! Agora deixaste-me mesmo surpreendido!".
Os últimos acontecimentos na minha vida fizeram-me perceber algo: alem de termos de aceitar que pouca coisa (ou nada) está realmente sob o nosso controlo, mesmo assim quase tudo na nossa vida é acerca de tomar decisões. Isto faz-me pensar que a vida não passa de um teste surpresa de respostas múltiplas em que a pessoa que vai corrigir está-se lixando para a resposta certa.
O mais engraçado é que por vezes as decisões que tomamos nem vão propriamente de encontro ao que é claramente melhor para nós porque, por alguma razão, tentamos saciar coisas que achamos que nos vão fazer mais felizes em vez de fazermos coisas que nos vão fazer felizes. Isto porque acreditamos realmente que as nossas decisões controlam tudo o que nos rodeia.
Podemos estar a sofrer imenso a tentar obter algo que achamos que nos vai fazer felizes mas que é inalcançável e, no processo de não acreditar que não temos controlo sobre isso, esquecemos que se calhar seremos felizes muito mais rápido se avançarmos e partirmos para outra. É que por incrível que pareça, nestas situações de amores perdidos, ficarmos agarrados ao passado e a sofrer ou avançar e ser feliz é mesmo uma decisão nossa.
Será que no final da vida vamos ver a nossa pontuação? Estou bastante curioso para saber a minha.
1 comment:
Tive uma (única) vez uma negativa na faculdade. Fiquei tão zangada comigo que canalizei todos os esforços para realmente aprender aquela matéria; quando repeti o exame, a classificação foi 'gloriosa'. É uma pena que para os testes surpresa da vida não haja livros por onde estudar. Ainda assim, há coisas que começam a fazer sentido...
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