Friday, December 28, 2012

Thriving... I hope

My feet, touch the ground once more
I move, slower than anyone else
I need to get there, but no hurry in that
maybe there should be, but I don't feel it
Maybe because it's just another day
And I know that eventually i'll get there
Even if it's not the place that I planned
I will know it when I get there.. for sure.
But until then, the journey is my anchor
The searching and maybe acceptance
That even if meaning surrounds me
Most of the time I won't get it
Most of the time I won't feel it
Most of the time I'll be lucky
If numbness is what I get
Because a lot of the times, when I look to the past
The loss, is the thing that will fill me
And my gauge, will once more go up
And the beast, that lurks in the shadow
Will once more, burn in my entrails
But time passes, and teaches a lesson
that time, will wait for no one
You get used to it, as you see it passing by
And one day, you look at yourself
and you'll see that you're still there
Time went by, and before you even noticed
You lived more than you thought
That you rested on all of the restlessness
And that hope will warm you sometimes
That you're, maybe, thriving... on life...

Thursday, July 26, 2012

Largar o lastro

Chegada a altura de preparativos para a mudança para Londres, chega a incontornável questão: o que fazer ao montes de coisas acumuladas ao longo destes anos.

Mudanças não me são estranhas, e algumas vezes as tive durante a vida. Quando somos pequenos não é preciso pensar muito, apenas seguir o plano dos adultos. Mesmo quando me mudei, um pouco mais velho, a questão não era ter de fazer grandes escolhas, mas como empacotar todas as matracas, cabos e lixeirada electrica, peças de computador, livros de banda desenhada, etc. e onde caberia tudo o que levou anos de Tetris a arrumar na casa anterior, neste novo espaço.

Quando mudei a primeira vez para uma casa sozinho foi na realidade bastante fácil. Uma casa, mesmo sendo um T1 pequeno no Alto de São João era certamente bastante maior do que o meu pequeno quarto em Alvalade. Tudo cabia e parecia que nunca na vida necessitaria de uma casa maior.

Passados uns 3 anos e uma separação, mudar tudo para uma nova casa já pareceu uma tarefa Herculeana. Já necessitou de uma camioneta de mudanças, e várias viagens de carro e carrinha. Quando estamos a carregar as coisas e a sentir as dorzinhas nas articulações dos dedos não conseguimos parar de pensar "Mas onde raio andei eu para acumular tanta coisa? Como é que isto cabia tudo naquela casa tão pequena?". Encontrei vários animais de estimação que achava perdidos e que afinal estavam no meio da trabalha, amigos que misteriosamente desapareceram no meio de festas loucas feitas em casa, um fato de mergulhador cor-de-rosa com os dizeres nas costas "Não é uma alforreca, é o meu rabo jeitoso!", cadeiras de tortura medievais, alguns documentos de Da Vinci perdidos que foram usados como embrulhos para os copos, e uma stripper tailandesa, sem pernas e com barba, que eu juro não me lembrar de ter contratado.

Desta vez a mudança é diferente. Não vou mudar para a Amadora, mas para Londres. Isto torna-se uma experiência quase espiritual, porque eu não vou realmente poder mudar tudo para lá, nem tenho muito espaço em casa do meu pai ou dos meus sogros para guardar muita tralha. Ora chegamos a um daqueles momentos da vida em que temos uma oportunidade de recomeçar. Se eu me sentar a pensar, 60% das coisas que trouxe não foram praticamente usadas nesta casa (tirando a stripper que acabou por ser optima a lavar a roupa). Nós passamos demasiado tempo a acumular coisas e a tentar arranjar espaço para as próximas. A maioria das coisas que guardamos, não o fazemos porque sabemos que vamos usar, mas porque pensamos que existe a remota possibilidade de no futuro as usarmos e temos medo de nos arrepender de mandar fora.

Eu estou realmente contente porque me vou desfazer de boa parte das coisas que tenho. Já vendi algumas, vou vender outras, vou oferecer outras tantas. Poucas serão as que vou realmente guardar, e ainda menos as que vou levar comigo. Como se costuma dizer, quero passar a ser uma pessoa que "Travels light". Sem lastro, sem apegos, sem âncoras ao passado que nos atormentam com recordações.



Em Londres terei uma casa pequena e terei poucas coisas para a atafulhar. E a stripper ocupa pouco espaço.


Wednesday, July 25, 2012

Entrevista de emprego atribulada

Isto já se passou há umas semanas, mas achei que devia colocar nesta série de posts para ficar para a posteridade.

Após uma entrevista por Skype, que correu de uma forma positiva para ambas as partes (eu sabia que todos aqueles anos de strip à frente da webcam me ajudariam a desinibir numa altura destas), seguiu-se o acordo de ter uma entrevista presencial em Londres o mais rapidamente possível. Eu procurei voos o mais barato possível mas o mais próximos possível para mostrar que o meu interesse era genuíno e que estava empenhado em fazer aquele recrutamento acontecer.

Procurei diversos voos até que decidi fazer o esforço de ir apanhar o voo no Porto pela Ryanair, que é a companhia com os preços de voo mais competitivos do mercado. A viagem ficaria no total, voo + camioneta até ao Porto, por cerca de 140 euros.

Mais próximo do dia, após ter já as passagens pagas, tanto do voo como da camioneta, reparei que tinha comprado o voo de volta para 2 meses depois. Com a azáfama de procurar voos baratos o mais rapidamente possível, fez-me enganar-me à grande. Resultado, tive de comprar outra viagem só de volta para o Domingo (eu ía numa sexta e não podia ficar mais do que esse fim-de-semana porque tinha de voltar ao trabalho na segunda-feira). Ou seja, paguei mais 250 euros só para poder voltar (desta vez directamente para Lisboa), que é aproximadamente o preço que pagaria para ter comprado um bilhete de ida e volta a partir de Lisboa sem ter de ir ao Porto e sem ter de comprar bilhete de camioneta (o qual, a volta, ficaria também sem uso visto o voo de volta ser directo para Lisboa).

Chegado o dia da viagem, faço a viagem de camioneta até ao Porto durante a noite, chegando lá às 4:30 da manhã, para apanhar o voo às 6:30. Mas ainda faltava chegar ao Aeroporto.
Habituado que estou a que apanho um taxi facilmente para o aeroporto em qualquer sitio de Lisboa, tentei a mesma proeza no Porto. Como resultado paguei 25 euros por uma viagem enorme.

A viagem que pensava custar-me 140 euros, já me estava a custar 415 euros. Eu já só pensava que era bom que me dessem o emprego!

Quando chego ao aeroporto, vou directo ao balcão da Ryanair só para me certificar que pelo menos o meu voo estava confirmado e tudo em ordem. Sou então avisado que o voo tinha sido atrasado das 6:30 da manhã para as 13:15 da tarde (que é uma hora interessantissima para quem tem uma entrevista de emprego nesse mesmo dia às 14 horas em Londres). A imagem seguinte deste filme é a de um homem adulto, careca, vestido de fato, a dormir num banco do aeroporto a usar umas calças de ganga como almofada. Só faltava mesmo pedir dinheiro.
Mas não foi preciso, porque no dia a seguir a Ryanair, além de confirmar que o meu voo era realmente a essa brilhante hora, deram-me um voucher de 5 euros para comer um pequeno-almoço. A minha alma tuga deu 3 saltos mortais dentro da minha cabeça ao pensar "esquece lá os problemas todos que houve.. tens 5 euros para gastar! Tás rico!".
Depois de comer o meu repasto e esperar mais varias horas secantes pelo meu voo, lá embarquei... para ficar novamente à espera cerca de 1 hora dentro do avião, porque não tinha plano de voo que tinha de vir de Dublin.
Quando chegados a Londres o avião fica mais um bom tempinho na pista à espera porque a groundforce não estava à nossa espera.

Por emails já tinha confirmado com a empresa que o universo não queria que eu fizesse a entrevista naquela sexta-feira e que se calhar era melhor não abusar da sorte ou ainda viria um tornado, inundação e ataque de extra-terrestres para me atrasar mais um pouco (os extra-terrestres até são porreiros e tal mas têm esta mania de chatear o pessoal vestido de fato).
Da maior simpatia possível o director que me iria fazer a entrevista prontificou-se para me fazer a mesma no Sábado (dia a seguir), entrevista essa que correu bem e que contarei como foi noutro post noutra altura.

Para arrematar devo dizer que o voo de volta, pela TAP, correu extremamente bem, tudo a horas, com sandocha a bordo, directo para Lisboa. E a lição diz que não vale a pena ir ao Porto apanhar aviões porque de uma forma ou de outra não compensa.

Depois um dia conto-vos outra história que se passou com um anão gay, uma criança vietnamita com uma perna de pau e uma hospedeira de voo da Ryanair viciada em manteiga de amendoim... mas fica para outra vez.

Tuesday, July 24, 2012

Uma aventura... um sonho realizado.

Já faz uns poucos anos que fui a Londres pela primeira vez. Não só era a primeira vez que ía ao Reino Unido como era a primeira vez que realmente saía do país (se não contarmos com a vez que fui a Badajoz comprar caramelos).
Eu sempre fui um rapaz muito fácil. Dou-me bem com tudo o que seja comercial. E Londres é isso: uma cidade com todos os lugares comuns que vemos nos filmes desde pequenos. O aspecto das casas, das ruas, das pessoas, dos monumentos, os polícias, a guarda real, os esquilos nos parques. A primeira vez fiquei maravilhado. Na realidade fiquei maravilhado todas as vezes que lá fui (que já foram 6).

A verdade é que desde o primeiro momento fiquei com a vontade de um dia passar algum tempo naquela cidade encantadora. A minha irmã estava lá a morar, e lá morou por 2 anos. Durante esse período fui 3 vezes, sempre na altura do Natal. Londres no Natal é quase batota, porque realmente não temos hipotese de não ficarmos encantados com todos os enfeites, cantores na rua, árvore de natal enorme à frente da National Gallery, feiras nos parques da cidade, ringues de patinagem no gelo, etc.

Não tenciono listar tudo o que adorei em Londres durante todas as vezes que lá fui, porque seria um post astronómico. Quero que este seja o primeiro de muitos acerca de uma nova aventura que quero partilhar com todos os que quiserem ler.

Certamente alguns leram o meu blog no passado. Sempre escrevi sobre tudo. Escrevi sobre curiosidades, sobre indignações, sobre mágoas, sobre alegrias. Escrevi até sobre estar perdido na vida sem saber o que esperar do que vem na próxima esquina. De certa forma tem tudo um rumo com sentido e uma evolução.

Está então lançado o primeiro post de uma nova etapa neste blog, e uma nova etapa nesta vida. Em Setembro deste ano vou-me mudar para Londres! Se calhar devia ter escolhido um outro tipo de letra, ou talvez uma cor ou algum sublinhado. Vou-me mudar para Londres! Só espero que estas palavras tenham o impacto ao ler que eu tenho ao escrever! Vou morar para a minha cidade de brincar!

Consegui um emprego através de uma amiga. Vou trabalhar ao pé da Tate Modern!

Para os que pretendem seguir, os capítulos a esperar são: preparações para a viagem, viagem, chegada a Londres, primeiros dias em Londres, primeiros dias de trabalho, procurar casa em Londres, como um vegetariano se safa a comer em Londres, rechear a casa de Londres, etc.

Em breve conto as peripécias de como consegui o emprego e como paguei duas viagens de volta (e não era por estar desejoso de voltar).



Friday, May 25, 2012

Humanos 2.0? E Humanidade 2.0?

Fui ontem a uma palestra sobre o que será o ser Humano do futuro, algo a que eles chamavam Human 2.0.

Vi coisas interessantissimas como utilizações para células estaminais e como se pegava num coração de um porco e se tornava viável para transplante para humanos.
Vi entrevistas a pessoas sobre o que elas gostariam que fosse criado para terem novas capacidades como voar, correr mais rápido, controlar emoções ou até mesmo uma que gostava de poder retirar os braços à noite antes de dormir porque acaba sempre por dormir em cima deles.

Vi o primeiro Cyborg oficialmente reconhecido como tal, que é um rapaz completamente daltonico que tem uma webcam na testa que lhe transmite as cores em forma de sons. O seu cérebro já se adaptou de tal forma que se tornou um novo sentido para ele e até já sonha em cores.

Vi um senhor que estuda o modo de controlar robots à distância através da mente.

E ao mesmo tempo que estava a rejubilar pelos avanços incriveis desta engenhosidade humana e destas nossas capacidades de inovar vi outras coisas.

Vi que uma boa parte do estudo das células estaminais não é para curar os males das doenças das pessoas que sofrem mas por laboratórios que contratam os cientistas para criarem produtos para emagrecer, visto que ninguém o quer fazer comendo de uma forma saudável.

E depois vi que a maioria destes estudos são feitos utilizando animais. Vi macacos presos a máquinas com electrodos na cabeça para controlar robots à distância. Vi macacos e ratos com doenças induzidas para se poder estudar terapias. Vi ratos com sensores de infravermelhos acopolados ao crâneo e ao cérebro para testar se se adaptavam a sinais de infravermelhos onde havia água para beber.

Cheguei ao final e concluí que o nome da palestra estava errado. Não estamos a falar de Humanos 2.0. Estamos a falar de brinquedos 2.0. Estamos a falar de mais tecnologia gira e engraçada e util. Recuso-me a acreditar que um Humano 2.0 não tenham também Humanidade 2.0. Recuso-me a acreditar que o Humano 2.0 continue a criar sofrimento para satisfazer as suas próprias necessidades de avanço tecnológico.

Somos como crianças! Somos como crianças que tiveram acesso a brinquedos poderosos. Somos como crianças com lupas a queimar formigas ou com a sua primeira tesoura a cortar insectos. Somos como crianças... mas já não somos crianças.

Eu deixo o meu desejo para um melhoramento tecnológico ao corpo humano. Criar um chip que seja introduzido no nosso corpo e que nos faça sentir a dor que nos rodeia. Que nos faça sentir o stress, o medo, o sofrimento que infligimos aos outros ou que simplesmente existe porque nos escusamos de fazer a nossa parte para o fazer desaparecer. Chamemos-lhe Empathy Chip.
Mas aposto que ninguém vai gastar dinheiro nisto. Antes ainda queremos emagrecer com comprimidos

Wednesday, January 04, 2012

What are your rocks?

One day, an expert in time management was speaking to a group of business students and, to drive home a point, used an illustration those students will never forget. As he stood in front of the group of high-powered over-achievers he said, "Okay, time for a quiz" and he pulled out a one-gallon, wide-mouth mason jar and set it on the table in front of him. He also produced about a dozen fist-sized rocks and carefully placed them, one at a time, into the jar.
When the jar was filled to the top and no more rocks would fit inside, he asked, "Is this jar full?" Everyone in the class yelled, "Yes." The time management expert replied, "Really?"
He reached under the table and pulled out a bucket of gravel. He dumped some gravel in and shook the jar causing pieces of gravel to work themselves down into the spaces between the big rocks. He then asked the group once more, "Is the jar full?" By this time the class was on to him. "Probably not," one of them answered. "Good!" he replied.
He reached under the table and brought out a bucket of sand. He started dumping the sand in the jar and it went into all of the spaces left between the rocks and the gravel. Once more he asked the question, "Is this jar full?" "No!" the class shouted. Once again he said, "Good."
Then he grabbed a pitcher of water and began to pour it in until the jar was filled to the brim. Then he looked at the class and asked, "What is the point of this illustration?" One eager beaver raised his hand and said, "The point is, no matter how full your schedule is, if you try really hard you can always fit some more things in it!" "No," the speaker replied, "that's not the point. The truth this illustration teaches us is, "If you don't put the big rocks in first, you'll never get them in at all. What are the 'big rocks' in your life, time with loved ones, your faith, your education, your dreams, a worthy cause, teaching or mentoring others? Remember to put these BIG ROCKS in first or you'll never get them in at all. So, tonight, or in the morning, when you are reflecting on this short story, ask yourself this question, "What are the 'big rocks' in my life?" Then, put those in your jar first.