Andamos por cá
E acorrentamo-nos uns aos outros
Moldamo-nos uns aos outros
para não sermos solitários na nossa loucura
Tornamo-nos feios
Não há prisão maior que a que construímos no nosso interior
São-nos dados os tijolos, mas cimentamos um atrás do outro
Podemos ser muito novos, podemos ser muito ingénuos
Mas mais tarde ou mais cedo confrontamos
a muralha de estupidez que nos circunda
Uma bela muralha de idiotice que só é verdadeiramente apreciada
por outro idiota como nós
E há tantos!!!
Até que alguém olha para nós e grita
"O Rei vai nu!"
E aprendemos que afinal o inimigo está dentro da muralha
Queremos fugir
Mas o cimento é duro, os tijolos sólidos
Batemos com os punhos até sangrarem e fingimos que é o néctar dos deuses
Às vezes acreditamos que vamos conseguir
Outras vezes achamos que nunca vai acontecer
E confrontamo-nos com o verdadeiro inimigo
Os nossos medos
E o triste? A tristeza que está enterrada por debaixo dos tijolos
É triste quando a própria tristeza é ultrapassada
É triste quando a loucura nos tira a possibilidade de estarmos verdadeiramente tristes
É triste...
1 comment:
é por isso que é tão importante RIR
rir connosco,
rir com outros,
rir com a vida!
gira a escrita, palpita-me que vou voltar...
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