O Tesouro
Passou algum tempo desde que comecei a descrição da minha viagem alucinante aos confins da cidade do Porto para a participação num evento do culto satânico dos BookCrossers. Um pormenor foi descurado no último post (de propósito), graças ao qual fui bombardeado com perguntas por milhentas pessoas (pronto.. ok.. uma pessoa). A pergunta era: "Mas o que raio era afinal o tesouro?". O tesouro consistia no conteúdo de uma pequena caixa de madeira. No momento de abrir, que pareceu uma eternidade, pude enumerar no meu pensamento várias soluções para esse enigma. "Será um ninho de vespas? Talvez um conjunto de lantejoulas tingidas a sangue de virgens asmáticas!? Ou um fantástico conjunto de asas de morcegos da fruta cosidas com linha de seda de aranhas venezuelanas.". Quando é aberto descobrimos que na realidade são vários pins de bookcrossing e moedas de chocolate. Para além disso trazem também um saco cheio de livros dos melhorezitos para quem quiser levar. Fico um pouco desiludido com a falta de prémios asquerosos e repugnantes mas vou afogando a mágoa com moedas de chocolate.
Passou algum tempo desde que comecei a descrição da minha viagem alucinante aos confins da cidade do Porto para a participação num evento do culto satânico dos BookCrossers. Um pormenor foi descurado no último post (de propósito), graças ao qual fui bombardeado com perguntas por milhentas pessoas (pronto.. ok.. uma pessoa). A pergunta era: "Mas o que raio era afinal o tesouro?". O tesouro consistia no conteúdo de uma pequena caixa de madeira. No momento de abrir, que pareceu uma eternidade, pude enumerar no meu pensamento várias soluções para esse enigma. "Será um ninho de vespas? Talvez um conjunto de lantejoulas tingidas a sangue de virgens asmáticas!? Ou um fantástico conjunto de asas de morcegos da fruta cosidas com linha de seda de aranhas venezuelanas.". Quando é aberto descobrimos que na realidade são vários pins de bookcrossing e moedas de chocolate. Para além disso trazem também um saco cheio de livros dos melhorezitos para quem quiser levar. Fico um pouco desiludido com a falta de prémios asquerosos e repugnantes mas vou afogando a mágoa com moedas de chocolate.
O Repasto dos Demónios
Na mesma noite do pic-nic, combinamos um jantar com os resistentes ao evento e que quiseram partilhar um pouco mais a companhia entre os membros da seita. Já num restaurante estamos todos bem servidos... todos? Não! Existe alguém que não é servido ao mesmo tempo que os restantes. Sim, adivinharam. Euzinho! Claro que a minha comida tinha de demorar mais tempo. Não estivessem eles a preparar-me um manjar altamente envenenado. Eu topo-os à légua. Mas a fome estava a apertar, e o peixe grelhado demorava a chegar. Quando chegou decidi fingir que comia e esconderia as garfadas dentro da roupa. Meto a primeira garfada na boca e mastigo e penso "Este peixe está mesmo bom... a leveza com que se mastiga, o ligeiro sabor de grelhado misturado com um pequeno travo a sal... GLUP.... AHHHHH ENGOLI!!!! ESTÚPIDO!!!!! VAIS MORRER!!!!!!" e logo de seguida coloco outra garfada na boca e penso "MEU DEUS!!!!!... VENENO!!!!.... hmmmm esta garfada também é boa. Um pouco de batata ao mesmo tempo que o peixe fica realmente delicioso. O azeite é realmente de qualidade. GLUP!!! ARGHHH.... OUTRA VEZ!!!!! ENGOLISTE!!! COSPE .. COSPE....". Entretanto desliguei a vozinha irritante que dizia para cuspir e deixei ligada a que me descrevia o quão bom estava aquele peixe. Claro que, na realidade, estas vozes não se estavam a passar apenas na minha cabeça mas estava eu próprio a pronuncia-las em voz alta, com aspecto lunático, e com a boca cheia de comida o que dava um aspecto meio javardão à demência. Digamos que não fui o único a agradecer que o espectáculo acabasse.
Na mesma noite do pic-nic, combinamos um jantar com os resistentes ao evento e que quiseram partilhar um pouco mais a companhia entre os membros da seita. Já num restaurante estamos todos bem servidos... todos? Não! Existe alguém que não é servido ao mesmo tempo que os restantes. Sim, adivinharam. Euzinho! Claro que a minha comida tinha de demorar mais tempo. Não estivessem eles a preparar-me um manjar altamente envenenado. Eu topo-os à légua. Mas a fome estava a apertar, e o peixe grelhado demorava a chegar. Quando chegou decidi fingir que comia e esconderia as garfadas dentro da roupa. Meto a primeira garfada na boca e mastigo e penso "Este peixe está mesmo bom... a leveza com que se mastiga, o ligeiro sabor de grelhado misturado com um pequeno travo a sal... GLUP.... AHHHHH ENGOLI!!!! ESTÚPIDO!!!!! VAIS MORRER!!!!!!" e logo de seguida coloco outra garfada na boca e penso "MEU DEUS!!!!!... VENENO!!!!.... hmmmm esta garfada também é boa. Um pouco de batata ao mesmo tempo que o peixe fica realmente delicioso. O azeite é realmente de qualidade. GLUP!!! ARGHHH.... OUTRA VEZ!!!!! ENGOLISTE!!! COSPE .. COSPE....". Entretanto desliguei a vozinha irritante que dizia para cuspir e deixei ligada a que me descrevia o quão bom estava aquele peixe. Claro que, na realidade, estas vozes não se estavam a passar apenas na minha cabeça mas estava eu próprio a pronuncia-las em voz alta, com aspecto lunático, e com a boca cheia de comida o que dava um aspecto meio javardão à demência. Digamos que não fui o único a agradecer que o espectáculo acabasse.
Bares e Senhor dos Aneis
A seguir ao grande manjar seguem-se os bares. Começamos por um barzinho bem agradável perto do local da janta. Neste existiam dois bolos grandes fatiados os quais a seita se preparava para abocanhar. Um cheesecake e um bolo de chocolate. De seguida, enquanto nos deliciávamos com os bolos, decidimos prosseguir com um debate contemporâneo e realmente tão inolvidável como incontornável: "Seria a empregada realmente uma mulher ou um homem". Chegámos à conclusão que ninguém queria saber (e provavelmente que ninguém o saberia dizer). Eu peço uma bebida que nunca chega e já tenho bolo e peixe e veneno a boiar no meu estômago e nada para os "regar". Mas logo seguimos daquele bar para outro prosseguindo para a zona da ribeira. Estacionamos e caminhamos e vamos a uma caixa multibanco. Somos de seguida abordados por uma personagem do senhor dos anéis. Uma mulher com um aspecto alucinado, que parecia estar vestida de pijama, e que estava realmente empenhada em pedir a toda a gente que passava dinheiro para uma sopa. Confesso que ao colocar a questão da maneira que coloquei, dá-me também vontade de me espancar por ser pouco sensível aos problemas dos sem-abrigo e pessoas com necessidade de comida. Mas alguém teve pena dos orcs no senhor dos anéis? E se eles pedissem uma sopinha? "Senhor Frodo. Estava a pensar no seguinte. O senhor pagava-me uma sopinha e deixávamos por agora esta parte de eu o tentar matar com a minha espada enferrujada e continuávamos de seguida? Pode ser?". É que isto realmente com orcs educados é outra coisa. Qualquer das formas a pessoa em questão parecia mais uma daquelas que snifa ents em pó mais propriamente do que necessitada de sopinha.De seguida chegámos realmente aos bares e a minha esperança que a seita fizesse algo abominável começava-se a dissipar e começava a desconfiar que aquilo não passava realmente de um encontro de gente pacata pouco dada a violência e nem mesmo a piores coisas como conversas secantes sobre livros sem piada. No entanto podia ser uma altura pior para chegar a essa conclusão visto eu estar a beber uma vulgarmente chamada "bejeca".
A seguir ao grande manjar seguem-se os bares. Começamos por um barzinho bem agradável perto do local da janta. Neste existiam dois bolos grandes fatiados os quais a seita se preparava para abocanhar. Um cheesecake e um bolo de chocolate. De seguida, enquanto nos deliciávamos com os bolos, decidimos prosseguir com um debate contemporâneo e realmente tão inolvidável como incontornável: "Seria a empregada realmente uma mulher ou um homem". Chegámos à conclusão que ninguém queria saber (e provavelmente que ninguém o saberia dizer). Eu peço uma bebida que nunca chega e já tenho bolo e peixe e veneno a boiar no meu estômago e nada para os "regar". Mas logo seguimos daquele bar para outro prosseguindo para a zona da ribeira. Estacionamos e caminhamos e vamos a uma caixa multibanco. Somos de seguida abordados por uma personagem do senhor dos anéis. Uma mulher com um aspecto alucinado, que parecia estar vestida de pijama, e que estava realmente empenhada em pedir a toda a gente que passava dinheiro para uma sopa. Confesso que ao colocar a questão da maneira que coloquei, dá-me também vontade de me espancar por ser pouco sensível aos problemas dos sem-abrigo e pessoas com necessidade de comida. Mas alguém teve pena dos orcs no senhor dos anéis? E se eles pedissem uma sopinha? "Senhor Frodo. Estava a pensar no seguinte. O senhor pagava-me uma sopinha e deixávamos por agora esta parte de eu o tentar matar com a minha espada enferrujada e continuávamos de seguida? Pode ser?". É que isto realmente com orcs educados é outra coisa. Qualquer das formas a pessoa em questão parecia mais uma daquelas que snifa ents em pó mais propriamente do que necessitada de sopinha.De seguida chegámos realmente aos bares e a minha esperança que a seita fizesse algo abominável começava-se a dissipar e começava a desconfiar que aquilo não passava realmente de um encontro de gente pacata pouco dada a violência e nem mesmo a piores coisas como conversas secantes sobre livros sem piada. No entanto podia ser uma altura pior para chegar a essa conclusão visto eu estar a beber uma vulgarmente chamada "bejeca".
A Viagem de Regresso
Depois de uma noite bem dormida (num quarto com 4 raparigas) na casa da nossa simpática anfitriã, e depois de bem almoçados, lá seguimos o caminho de regresso a Lisboa. A ideia seria passar por Aveiro para ir uma horita à praia e dar um mergulho. Mas eis que somos realmente confrontados com o terrível poder da seita dos livritos. Por mais que tentássemos ir para a estrada que nos levava a Aveiro, virávamos sempre para estradas que nos levavam de volta ao Porto, chegando mesmo a passar outra vez (incontornavelmente) a ponte de volta ao Porto. Só passado 1 hora e meia conseguimos sair de Gaia e fugir das estradas que nos levavam ao Porto. O poder era imenso e a seita dos livritos quase se apoderou de nós. Fiquei na duvida se seria tanto o poder deles ou o facto de serem as mulheres a ver o mapa (já que eu, o único homem, estava a conduzir). Mas no final levámos a nossa avante. E já de volta a Lisboa, depois de toda a aventura, lembrava-me do bom tempo passado, das boas memórias e do quanto tinha sido agradável... dormir num quarto com tanta rapariga em pijama:P (hihihihihihhihihih).
Depois de uma noite bem dormida (num quarto com 4 raparigas) na casa da nossa simpática anfitriã, e depois de bem almoçados, lá seguimos o caminho de regresso a Lisboa. A ideia seria passar por Aveiro para ir uma horita à praia e dar um mergulho. Mas eis que somos realmente confrontados com o terrível poder da seita dos livritos. Por mais que tentássemos ir para a estrada que nos levava a Aveiro, virávamos sempre para estradas que nos levavam de volta ao Porto, chegando mesmo a passar outra vez (incontornavelmente) a ponte de volta ao Porto. Só passado 1 hora e meia conseguimos sair de Gaia e fugir das estradas que nos levavam ao Porto. O poder era imenso e a seita dos livritos quase se apoderou de nós. Fiquei na duvida se seria tanto o poder deles ou o facto de serem as mulheres a ver o mapa (já que eu, o único homem, estava a conduzir). Mas no final levámos a nossa avante. E já de volta a Lisboa, depois de toda a aventura, lembrava-me do bom tempo passado, das boas memórias e do quanto tinha sido agradável... dormir num quarto com tanta rapariga em pijama:P (hihihihihihhihihih).
7 comments:
Tssk tssk, quero ca saber de empregadas e orcs pa, passaste por cima das partes com mais importancia!!! entao as gajas?! os pijamas? os glimpses... etc etc.. hmpf
Estou frustrado.
hasta
Finalmente a conclusão da aventura, já mal controlava a ansiedade... ufa!!
Tudo muito bem contado, revivi cada momento ainda por cima com bom humor..;)
beijocas
Epá, estes posts sobre o encontro BC estão mesmo muito bons! E as fotos estão excelentes! :P
Não sabia que tinhas tirado mesmo uma foto à senhora que estava a pedir sopinha... deve ter sido quando eu não estava a ver ;)
CHUACK
Epá, estes posts sobre o encontro BC estão mesmo muito bons! E as fotos estão excelentes! :P
Não sabia que tinhas tirado mesmo uma foto à senhora que estava a pedir sopinha... deve ter sido quando eu não estava a ver ;)
CHUACK
LOL
No final até já participavas nos rituais com direito a tarot e tudo... agora não há nada a fazer... estás perdido!
:p
Sim, sim, que eu bem o vi no tarot rsrssrr
nninoca
Soube tão bem aquele encontro! E quem diria que este tempo depois voltariamos a encontrar-nos de novo com igual prazer.. e com novidades de casa conjunta, que me deixaram feliz!
Dá gosto ver-vos.... ;-)
nn.
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